I Encontro dos Ex- FEAB.

I Encontro dos Ex-FEAB: Brasília, 02 e 03 de Junho de 2012.

sábado, 28 de abril de 2012

No caminho da pós-graduação.


No período da faculdade estávamos espalhados pelas diversas escolas do País, públicas e privadas, e nos encontrávamos nas atividades do Movimento Estudantil e em alguns eventos promovidos pela FAEAB, atualmente CONFAEAB.  Naquele momento já discutíamos muito sobre a formação profissional e como esta deveria ser orientada para atuar nos principais problemas da realidade nacional. Defendíamos que o currículo mínimo da agronomia, por exemplo, fosse eclético, abrangendo desde os conhecimentos das ciências naturais aplicadas à produção vegetal e animal até as áreas das ciências sociais.  O modelo da agricultura vigente e o papel do agrônomo eram problematizados, sendo reconhecido e valorizado o senso crítico e transformador daqueles futuros profissionais.

Ao se formarem, vários dos que tiveram atuação no movimento estudantil prosseguiram sua formação acadêmica para aprofundar suas reflexões em relação aos problemas agrários e socioeconômicos de nossa agricultura e meio rural, fazendo mestrado e doutorado e priorizando, em especial, cursos de pós-graduação nas áreas de ciências sociais e humanas – economia, sociologia, antropologia, desenvolvimento rural- nos melhores centros de pós-graduações do País e até no exterior.

Entre os temas trabalhados em suas pós-graduações os preferidos pelos estudantes com passagem pela FEAB destacam-se aqueles relacionados à agricultura familiar, o cooperativismo, o sindicalismo rural, o complexo agroalimentar, o desenvolvimento rural, os sistemas produtivos, os padrões tecnológicos, a comercialização agrícola, a representação social, a questão agrária, a questão ambiental, dentre outros. Não conhecemos estudos sobre a atuação profissional destes pós-graduados, mas pelos contados que mantemos, observamos que a maioria buscou o caminho das universidades e das instituições públicas de pesquisa e extensão rural, em órgãos de governo e em organizações não governamentais ligadas ao meio rural e a questão ambiental. Alguns ainda seguiram carreia política.

A experiência de participar do movimento estudantil via FEAB contribuiu também, por exemplo, para o envolvimento destes estudantes nas instâncias de representação dos pós-graduandos, já relatada por Manoel Pereira de Andrade neste blog (22/03/12). Outras pessoas contribuíram de forma solidária e quase anônima, ajudando a tecer redes de apoio aos que buscavam o caminho da pós-graduação nos grandes centros, recebendo assim ajuda para superar as dificuldades – logísticas e acadêmicas - iniciais. Citamos como exemplo a Bibi - Ex-Piracicaba e que foi ao Rio de Janeiro fazer mestrado no CPDA/UFRRJ e que lá ajudou os colegas que também buscaram aquele Centro para fazer sua pós-graduação. E certamente outros estão atuando e contribuindo nas entidades de área, como a ANPOCS, a SOBER, a ANDES, a SBPC e nos movimentos sociais. 

Texto de Paulo Guilherme Cabral,
com  a colaboração de Clovis Dorigon - Pesquisador da Epagri..

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