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Celso Lacerda - Pres. INCRA |
Nossa turma era de pessoas muito jovens, ingênuas, despolitizadas, cujo objetivo final era o diploma. Após alguns meses de curso apareceu um tal de "Carniça" (Osvaldo, hoje trabalhando na UNESP, e trabalhou no INCRA/SP, durante o Governo Lula). Era coordenador da FEAB regional (ESALQ). Foi fazer uma avaliação do curso. Resumo: o curso era péssimo, tinhamos aula de microbiologia Agrícola com um dentista e assim por diante. Organizamos o Centro Acadêmico, da qual fui o primeiro Presidente. Fui representar o curso no Congresso Brasileiro de Agronomia em Recife em Set/1983. Lembro-me bem de que duas pautas polêmicas foram a Reforma Agrária e a Agricultura "biodinâmica". A partir daí tivemos o apoio do Valdo Cavalet da FAEAB/Curitiba (hoje professor da UFPr), além do "Carniça", nas negociações com a UEPG, que nos desprezava completamente.
O resultado foi o desencadeamento de uma greve em 1985, onde já tinhamos 5 turmas (em torno de 200 alunos), que durou 6 meses. O marcante foi que esta Universidade, apesar da idade, nunca tinha visto uma greve deste porte. Essa greve foi determinante para a "construção do curso de Agronomia da UEPG). Foi daí que disponibilizaram a Fazenda Escola. Criaram o campus, onde o bloco da Agronomia foi a primeiro a ser construido, fizeram concurso para professores.
Me formei em 1987 e durante todo o período universitário acabei militando no movimento estudantil. Confesso que foi sem querer. Este período foi muito importante na minha formação. Aprendi e amadureci muito neste período.
Confesso que até hoje o que orienta minhas ações são os propósitos de transformações, que normalmente estão presentes nos espíritos de jovens estudantes universitários.
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